quarta-feira, 27 de abril de 2011

Boa tarde
Socializo neste post um texto que achei interessante e julgo ser relvante.
O Texto foi retirado de uma revista da FECOMÉRCIO

“Quem se aprimora naquilo de que gosta tem muito mais chances de alcançar grandes objetivos”.
Por Eduardo Ferraz
Atingir a excelência: esforço ou talento?

Todo bom profissional sonha um dia ser reconhecido pelo seu trabalho. Espera ser promovido, requisitado, famoso, ganhar mais, ajudar os outros, às vezes tudo isso ao mesmo tempo. Entretanto, esse sucesso só poderá ser conseguido quando atingirmos a excelência em nossa área de atuação. Mas será que existe um jeito fácil e rápido de alcançá-la? Não, infelizmente não há!

Talento é uma aptidão para obter um desempenho melhor que o da maioria das pessoas. Porém, talento sem esforço não gera resultados consistentes. A excelência só pode ser atingida por meio de um longo caminho a ser percorrido. É preciso descobrir o seu talento e trabalhar para aprimorá-lo. O principal fator para se atingir a excelência é a “prática deliberada”.

Prática deliberada é aquilo que se faz, especificamente, para melhorar o desempenho. É o estudo, o treinamento e a repetição, tendo como meta o desempenho impecável. O especialista supertreinado e com paixão pela atividade produz mais para si e pra quem o cerca. Segundo Geoff Colvin, autor de Best Sellers e editor da revista Fortune, A prática precisa seguir cinco fundamentos básicos:

-Deve ser Planejada: é preciso estudar técnicas que melhoram o desempenho;
-Deve ser repetida: o treinamento e a repetição insistente das melhores técnicas é que trazem consistência;
-Deve ser reavaliada continuamente: caso os resultados estejam abaixo do esperado, deve-se planejar novamente, ou utilizar mais tempo com treinamento;
-Exige esforço intelectual: é necessária a busca constante da melhoria do que já está sendo bem feito. É muito importante continuar a ler, fazer cursos e aprender com quem já atingiu o topo;
-Exige dedicação: sucesso exige mais suor do que prazer. Virar referência e ser um dos melhores não costuma ser uma atividade animada e divertida. É preciso que estude, trabalhe e se prepare 50% a mais do que  média das pessoas.

Não se conhecem casos documentados em que alguma pessoa tenha obtido a excelência com menos de 10 mil horas de prática deliberada. Mozart, por exemplo, criou a sua primeira obra-prima aos 21 anos, após acumular mais de 15 mil horas de prática musical.

Quem se aprimora naquilo que gosta tem muito mais chances de alcançar grandes objetivos. Médicos, engenheiros, vendedores, ou quaisquer outros profissionais talentosos, com mais horas de práticas deliberadas serão sempre os melhores. Já diria Aristóteles, há mais de 2.300 anos: “Somos aquilo que fazemos repetidamente. Portanto, a excelência não é um ato, mas um hábito”.


Fique a vontade para postar os seus comentários. 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sonhar, Pensar, Acreditar e Agir

Retomo assunto de um post anterior com outro viés. Volto nisso, devido a minha agonia de pensar em fazer muita coisa e, bem ou mal ter ao mesmo tempo muitas ideias na cabeça. Há muito tempo quero escrever sem medo sobre as ideias que tenho. Gostaria de poder encontrar uma maneira de fazer com que o que penso se transformasse em estratégias e conseguir fazer as coisas acontecerem na prática de uma forma mais efetiva. Da mesma forma que algumas pessoas sofrem por não terem iniciativa, ou talvez nem sofram, eu tenho um problema que é pensar ao mesmo tempo em muitas soluções e, na verdade, consciente ou inconscientemente,  também procuro por isso. Essa semana, tive a oportunidade de trocar informações com pessoas especiais e que sempre me desafiam e me desacomodam no sentido positivo, a olhar ainda mais longe, a querer mais e a acreditar que, embora em alguns momentos parece que nos vai faltar forças, sempre podemos mais. Tivemos reuniões com importantes parceiros nas últimas semanas (San, Migrate, Abase, WT Prime, Defferrari, Sisnema) e muitas conversas sobre crescimento e desafios. Ontem, pudemos vivenciar uma abordagem tecnológica voltada para o futuro e para o que se desenha como realidade para os nossos filhos e/ou netos, como o controle de dispositivos com o cérebro. Na realidade a questão tecnológica hoje move o mundo muito mais do que possamos ter consciência e muito mais do que a grande maioria da população pode imaginar. Se em alguns momentos nos sentimos pequenos e insignificantes diante da magnitude que se tem a aprender e crescer, em outros nos damos conta que estamos evoluindo, em especial pelo fato de estarmos em contato com coisas novas e realidades que nos empurrão para frente, mesmo sem nos darmos conta disso. Uma coisa que eu gostaria de poder visualizar mais na nossa região é a fé das pessoas. Não necessariamente a fé religiosa, mas a fé de que é possível evoluir, construir, produzir, desenvolver uma região. Em poucas ações e contatos que tive nos últimos meses perdi o receio de levar um não e descobri que muitas coisas as pessoas sequer chegam a ousar por acreditarem que a sentença já esteja dada. Hoje mais do que nunca temos possibilidade de minimizarmos as diferenças entre acesso das pequenas cidades para os grandes centros, o que talvez falte seja articulação e fé. Lógico que ainda temos lacunas em termos de infraestrutura e mesmo profissionais, mas são aspectos que já estão bem mais perto de se tornarem aliados do que obstáculos. O mundo está repleto de oportunidades por todos os lados e as pessoas parecem que precisam ser empurradas para encontrar essas oportunidades. Convivo com grupos, ações e ideais contracenantes. Em alguns momentos estou em grupos pró-ativos, onde as coisas acontecem as pessoas se desafiam e, apenas com um empurrãozinho a coisa deslancha. Em outros momentos parece que as pessoas precisam ser conduzidas pela mão até a faixa de chegada e ainda assim não conseguem enxergá-la. Trata-se de perfil e isso é um grande desafio. As empresas querem pessoas que conseguem não apenas enxergar a fixar de chegada mais imaginá-la e colori-la e, muitas pessoas não sabem sequer que existe essa faixa de chegada, ou seja, não aprenderam a acreditar a sonhar e a se desafiar. Aqui volta a questão da fé. Parece que o mundo vai se acomodando, as famílias vão se acomodando e isso está refletindo nos mais diversos níveis, desde os estudantes que precisam ser empurrados e chacoalhados até lideranças que precisam aprender a construir metas mais audaciosas para o desenvolvimento. Ai vem a pergunta como desenvolver uma região de cidades pequenas, que ainda é essencialmente voltado a produção primária.
Gosto de fazer os exercícios mentais para pensar o que eu faria em muitas situações nas quais sou apenas coadjuvante. Assim penso o que eu faria se esse desafio estivesse em minhas mãos.
Acredito na construção de uma proposta que mostrasse a necessidade das pessoas terem pró-atividade, organização e sonhos desde o ensino fundamental. Muitos acadêmicos saem das faculdades sem nunca ter ouvido falar em planejamento estratégico e vão para empresas onde precisam aprender o que isso significa, imagina então falar de planejamento pessoal. Não fomos desafiados a planejar as nossas vidas e sim a olhar para o passado, lamentar e aceitar o que o destino nos reserva. Sobre o passado não podemos realmente fazer nada, ou melhor quase nada: podemos decidir que passado é passado e que queremos viver nossa vida com base no nossa visão, no nosso planejamento, indo rumo ao que queremos construiu e não desenvolvendo a postura de destino e do que vier é lucro. Gostaria muito que os jovens, que possuem essa capacidade de simultaneidade no presente conseguissem olhar para o futuro e aprender a sonhar, a ter fé. Com certeza, o desenvolvimento dessa competência, sonhar, planejar, acreditar, pode fazer com que muita coisa aconteça e mude na vida das pessoas e consequentemente no nosso mundo.
Existem inúmeras oportunidades em aberto para pensar em forma de realizar ações diferentes. Faltam braços e tempo para poder dar conta de tudo o que se passa e, em alguns momentos essa indignação é que toma conta de mim, pois enquanto preciso priorizar o que vou fazer, em função da demanda, visualizo pessoas torcendo para que o tempo passe logo, afinal não se tem o que fazer. Somente em termos de busca de recursos financeiros para projetos, tem-se inúmeros editais abertos. Trabalhamos em dois deles nos últimos 10 dias e identifiquei mais deles, alguns já encerrados e outros ainda em aberto. A questão é que se precisa tempo e condições de escrever e articulação mínimas para se dar conta de participar dos mesmos. Temos dois editais em aberto que podem ser aproveitados por empresas para contratarem mestre e doutores, com financiamento do poder público. Infelizmente muitas empresas nem ficaram sabendo disso e, pode que até mesmo a verba total destinada para isso não seja utilizada. Aqui, lembro da fala da Martha Gabriel, que tive o prazer de assistir no I Congresso de Rede Social em São Paulo: o excesso de informação causa pobreza de conhecimento. Acredito que isso também possa estar acontecendo: com tanta coisa que se tem a disposição não se chega ao que pode possibilitar um conhecimento ou o aproveitamento de oportunidades concretas. Novamente cabe refletir como podemos desafiar as pessoas a não ficarem na superficialidade das informações banais, e sim buscar o caminho para a produção de conhecimento e competências que possam ajuda-las a galgar o seu espaço profissional e o seu crescimento.
O desenvolvimento da nossa região, na minha concepção, passa pelo surgimento de negócios fortes e que possam gerar um retorno financeiro que movimente a região e que seja independente da sazonalidade do tempo e das estações do ano. Em muitos momentos quando abordo esse assunto com lideranças locais e regionais tenho a sensação de que estou no local errado, pois, parece ser impossível de se articular forças capazes de fazer com que algo de diferente aconteça. Pois bem, respondendo a questão do que faria se estivesse em minhas mãos: reuniria as lideranças e buscaria a capilaridade dos relacionamentos e das redes sociais das mesmas para elaborar um Plano de Desenvolvimento Tecnológico para a região noroeste do estado. Em muitos momentos engavetei sonhos e ideias que achei muito loucas ou avançadas e, em outros momentos me deparei com pessoas fazendo isso, simplesmente porque eu também não acreditei. Digo novamente que o encontrar e conviver com pessoas que estão adiante de nós e olhando o futuro nos força a melhorarmos, a querermos mais e a acreditar que é possível. Com toda a certeza todos nós temos em nossos contatos e convívios pessoas que tem características empreendedoras e que teriam interesse, motivação e orgulho em auxiliar no desenvolvimento de algo diferente e desafiador. Esse texto é uma provocação. Não sei quantos vou lê-lo e porque irão lê-lo. Sei que o que se escreve se torna perene e tem mais condições de surtir algum efeito do que o que simplesmente se pensa ou se fala. Acredito que o que falta além de escrever é colocar em prática, é agir.
Assim também vejo a diferença nos processos educativos e de treinamento, a grande diferença está na ação. Como vamos agir???