quinta-feira, 31 de março de 2011

Simultaneidade

No post anterior escrevi sobre o cérebro e a forma como os adolescentes (Geração Z e Y) estão passando por esse novo mundo. Agora quero escrever sobre simultaneidade. Essas novas gerações estão acostumadas a fazer muita coisa ao mesmo tempo. Em casa eles conseguem jogar, brigar com os irmãos ou pais, teclar no MSN, twittar, editar vídeo, olhar vídeo, se alimentar e se bobear ainda namorar tudo ao mesmo tempo. Pode parecer loucura, mas não é. Esse mundo novo possibilita essa simultaneidade. Resta nos perguntar se isso é bom ou ruim. Como em tudo acredito que precisamos olhar para os dois lados. Os aspectos positivos dizem respeito à capacidade de se pensar de forma mais rápida e de atender a mais de uma atividade ao mesmo tempo. Isso também explica a impaciência de alguns adolescentes em sala de aula quando são submetidos a uma única forma de aprendizado, pois isso é agoniante. O lado negativo disso também tem a ver com isso, com a necessidade de tudo ser ao mesmo tempo, de varias formas e com muitos apelos. Li recentemente o resultado de uma pesquisa onde jovens da Geração Y foram submetidos a um processo de avaliação em dois momentos distintos: um totalmente concentrado na avaliação sem acesso a outras mídias e outro com acesso a mídias e possibilidade de conexões simultâneas. O resultado: os jovens foram melhor quando se focaram em apenas uma atividade. Análise disso: ainda não estamos preparados para aprender e ensinar de forma simultânea, embora esse seja o desafio, pois a pesquisa aplicada a Geração Z, mostrou que eles já tem essa capacidade mais desenvolvida. Tive a oportunidade de participar na semana passada de um evento em São Paulo, onde adquiri alguns livros sobre mídia digital no qual já se trabalham com o s QRcode, ou seja, os livros já possibilitam que os estudantes digitalizem o que seria uma espécie de código de barra no seu celular e tenham acesso a vídeos e a informações pertinentes ao que estão estudando naquele momento. Isso é simultaneidade... O uso correto desses e de outros recursos vai possibilitar o trabalhar com esses jovens de forma a potencializar e conduzir para um processo de produção de novos conhecimentos. O contrário, ou seja, o fato dos educadores se afastarem dessa realidade e desse mundo simultâneo vai sim gerar o emburrecimento da humanidade pelo uso incorreto da simultaneidade. O papel do professor está mudando drasticamente e de uma forma cíclica. O professor não será mais o que vai preparar material didático, passar conhecimento e sim o que deve incentivar a descoberta, a reflexão, a crítica, o uso do novo e a relação de tudo isso com o ser humano. Pergunto: estamos preparados para essas mudanças??

quinta-feira, 10 de março de 2011

Cérebro pra que te quero

Ou seria... pernas para que te quero.
O mundo hoje nos mostra possibilidades antes jamais imaginadas e, com isso o nosso cérebro, caso tenhamos a pretensão de tentar acompanhar as mudanças da contemporaniedade, com certeza, é o órgão do nosso corpo que mais está sendo exercitado e em condições de se apresentar em perfeita forma.
Outro aspecto que merece destaque nas comparações com os tempos presente e passado (ah... no meu tempo), dizem respeito a forma como os adolescentes e as crianças interagem com esse novo mundo de possibilidades e, como o seu cérebro já está mais preparado e mais desenvolvido para a ginástica da mudança e da aprendizagem. Se olharmos para trás, veremos uma época onde as pessoas sequer tinham acesso a rádio ou a um jornal impresso, ou seja, o que conheciam era o mundo que elas vivam e o que os famíliares transmitiam de sua história e de sua vivência. Passamos para um segundo momento onde muitos da dita Geração X aprenderam a conviver com a Televisão e a conhecer além do mundo que o cerca e das histórias familiares, o mundo mostrado pela televisão e pelas análises criticas de seus pensadores. A evolução disso: hoje adolescentes, crianças e, mesmo jovens, com acesso incontável dos mais diversos meios de comunicação (TV aberta, Internet (Blog, sites, midias sociais, wikis)), onde não existe mais o limite do mundo que eu conheço, pois passo a ter condições de conhecer o mundo todo e não apenas na forma como poucos o veem, mas na forma como o próprio universo ao mesmo tempo o concebe, o critica e o recria.  Aqui continua valendo a expressão .. antigamente era diferente, ou ahhh no meu tempo.... Realmente esse tempo mudou e não tem como não se dar conta disso. O cérebro dessa nova geração está preparado para pensar diferente e conduzir as suas ações e a sua ginástica diferente e nós... como olhamos para isso ou melhor, como nossas pernas estão preparadas para acompanhar o cérebro das novas gerações. O desgaste físico não é apenas corporal, mas também mental ... A quem diga que o pensamento e ação dessa nova geração está condicionado para a simultaniedade e esse é o assunto do próximo post.

quinta-feira, 3 de março de 2011

A importância de Escrever

Bom Dia...

Escrevo hoje sobre a importância de escrever.
Ao longo da vida somos submetidos a diversas situações de aprendizagem, de convivência e as mais diversas experiências pessoas e profissionais. Com certeza de cada momento tiramos as nossas lições e, isso vai nos constituindo. Em muitos momentos coletivos acabamos não expressando a nossa leitura real sobre o fato ou o acontecimento. Como a escrita pode nos ajudar com isso. O escrever é uma oportunidade única de clarificar a nossa leitura de mundo e, escrever de forma pública, com o uso das mídias sociais, caracteriza hoje uma liberdade para qualquer pessoa, pois além de não ter interferência sobre a forma como cada um vê o mundo, as pessoas podem interagir e defender diferentes pontos de vistas e vistas de um ponto. Ou seja, eu tornar público o que penso permite que as demais pessoas passem a me conhecer melhor e que possam decidir o quando de crédito e de tempo querem dar ao que escrevo e ao que eu acredito.

O escrever tem uma outra função importantíssima voltada a educação e que atende uma competência importante para as pessoas que querem continuar evoluindo e aprendendo: que é a capacidade de síntese e de elaboração do conhecimento que se produziu.

Dessa forma, colocar em palavras as lições que vamos aprendendo ao longo da vida solidifica ainda mais os seres humanizados que nos tornamos, as experiências que nos moldaram e os conhecimentos que ao longo da vida estamos produzindo.

Mais uma vez bem vindo a este espaço. Aqui estarei escrevendo sobre as questões que me interessam e me apaixonam e também relatando um pouco da minha experiência de 37 anos de vida e de 23 anos como profissional que aprendeu a amar a Educação, a Tecnologia, a Gestão, mas principalmente as pessoas e dentre elas, com carinho especial pelos adolescentes, por serem eles os responsáveis por manterem o meu espírito jovem e me possibilitarem ao longo dos últimos 13 anos conviver diariamente com a sua energia, com a sua vontade de construir o mundo, e, em especial nos últimos anos, com a capacidade de se adaptar ao novo e a simultaneidade.

O meu desejo é poder contribuir um pouquinho que seja através desse espaço com socialização de conhecimentos e reflexão.

Espero ao longo do tempo evoluir junto com os internautas e com os seguidores, pois como se diz o caminho se faz ao caminhar e, a prática é a mãe da excelência.

Até a próxima.